sábado, 25 de julho de 2009

QUINTO DIA - PUNTA DEL ESTE X CABO POLONIO X TRIENTA E TRÊS X RIO BRANCO:

Acordamos, chuva e cerração, tomamos café sem muita pressa, arrumamos a bagagem, sábado chuvoso até no Uruguai é parado, uma volta na Punta, paramos na mão e tiramos umas fotos, fomos em direção a La Barra, umas fotos da ponte e seguimos pela costa, até um ponto que saímos em direção da Ruta que liga Montevideu ao Chuy, andamos por alguns quilómetros e entramos em direção a La Paloma, La Paloma é um balneário muito bonito... são poucas casas, 2 ou 3 prédios, um farol, uma bahia muito bonita com uma ilha de areia na entrada da bahia e um porto com barcos da marinha Uruguaia, pesqueiros e veleiros... Saímos dali e seguimos para Cabo Polónio por uma Ruta que liga La Paloma a vários outros balneários, andamos uns 60 km. e chegamos a entrada de Cabo Polónio, eram 12:25 min. e só deu tempo de largarmos as motos, pagar o valor da entrada no parque, e deixarmos nossas bagagens na portaria e subir no jipão tracionado e seguir rumo a praia, anda-se uns 20 min. por entre dunas e uma floresta de pinus, até que se chega a praia, e na chegada se tem a impressão de uma vila de pescadores tipo a vila de pescadores do farol da solidão no litoral norte do RS, o jipão nos larga bem no meio da vila, e notamos que havia inúmeras placas de aluguel nas casinhas bem humildes da vila, isso quer dizer que muitos turistas devem ir para lá e aluga las... Bem são entorno de 250 casas, algumas pousadas na beira do mar, um farol, uma base da marinha e os lobos marinhos, muitos lobos marinhos, tem uma ilha de pedra a uns 1000 mts da praia tomada por eles e na beira da praia próximo ao farol também tinha inúmeros, todos lagartiando no sol, esses da praia dormindo quietos, os da ilha numa gritaria louca, acho que a ilha é o local do acasalamento, caminhamos um pouco entre as casas, o sol brilhava e como estávamos com as jaquetas e roupas de frio passamos calor, tiramos umas fotos e fomos procurar algo para comer, pois ja era quase 13:30 hs., ai restou apenas um pão com mortadela, más foi bem, com fome até pedra vai... em Cabo Polónio o acesso é somente por esses jipes, não se pode entrar com carro, moto ou a pé, existe um controle para preservação do meio ambiente, pra se ter uma ideia não existe luz eletrica no local, apenas para o exercito e marinha e para o farol, as ruas são caminhos no meio das dunas, e existe uma comunidade hipie (naturebas) bem grande que moram lá nessa praia... as 14 hs. pegamos o jipão de volta e em mais 20 min. estávamos seguindo nosso caminho, é impressionaste o numero de turistas estrangeiros que encontramos em todos os lugares, o Uruguay é rota dos turistas, principalmente europeus e americanos... bom, seguimos até Castillos ali abastecemos e seguimos por uma estrada de chão batido, que na parte inicial era bem boa, chegamos a andar a 90 km. p/h, e logo com uma chuva muito forte ficou virado num enorme lamaçal e não se conseguia andar a mais do que 40 km. p/h, era muita chuva e o lodo escorregando... foram 60 km. naque situação e quando a chuva terminou a estrada foi ficando boa e logo começou o asfalto novamente, andamos, andamos e com o sol entre nuvens em uma colina decidi parar para esticar as pernas, estava com caimbra na perna esquerda, conversamos um pouco e observei a correia da moto do Alexandre meio frouxa, ele vinha todos os dias apertando a correia, e comentei essa tua correia vai acabar arrebentando... subimos nas motos e fiz sinal para o Alexandre seguir na frente, antes dele colocar a terceira marcha a correia arrebentou... eram quase 17 hs. e agora, primeiramente pensamos em emendar ali mesmo, só que com poucas ferramentas logo desistimos, pensei em buscar um mecânico, pelos meus cálculos estávamos a uns 20 km da próxima cidade, José Pedro Varela, mas falei pro Alexandre quem sabe te puxo? mas como? não temos corda! peguei um alongador que amarava a bagagem dele, e amarei na minha moto e disse pra ele segurar com a mão e qualquer coisa soltar a cordinha, arranquei bem devagar e fomos indo, andamos a 60 km. p/h, e fomos indo, quando avistei o trevo de acesso a cidade me senti aliviado, diminui a velocidade e percebi que vinham algumas pessoas de moto, fiz sinal e um deles parou, falei o que havia acontecido e logo se prontificaram a nos acompanhar até uma oficina, seguimos por umas quatro quadras e logo estávamos em frente a uma casa em que funciona uma oficina, explicamos e mostramos o que queríamos, num primeiro momento as emendas de correia ou eram muito pequenas ou muito grandes, até que o mecânico pegou e retirou a correia de uma xl 350 honda que estava ali na oficina, veio até a tornado e viú que dava, e colocou na hora, fiquei olhando, depois dizem que os Uruguaios não gostam do Brasileiros, aliás não são Uruguaios não, são Orientais, mas isso é conversa mais pra frente, como a correia da tornado era com retentor e a emenda não tinha, o mecânico teve que dar uma esmirilhada para encaixar bem, mas picou bem e na colocação foi constatado que o pinhão tinha ido pro saco a muito tempo, e na verdade foi o pinhão que danificou a relação toda, mas, correia colocada, perguntamos o preço, e tivemos a surpresa do cara não querer cobrar nada, ficamos até constrangidos e o Alexandre acabou dando uns pilas pra ele, mais uma vez nas minhas viagens acontece isso... na viagem ao Chile tivemos um problema com a garupeira da falcon do Rodrigo que quebrou, estávamos em Santa Rosa no meio da Argentina, era domingo e encontramos um cara, o Guido, com o maçarico ligado na hora que chegamos, ai o Guido fez o serviço e não cobrou nada, não aceitou dinheiro de forma alguma... agora era sábado, 18 de Julho, feriado da independência do Uruguai, e achamos um cara que tirou a correia de uma moto particular pra pegar uma emenda pra nós e ainda não quer cobrar nada... bom agradecemos, comprimentamos todos, agradecemos de novo e seguimos, já começava a escurecer e nossos amigos com as motos nos acompanharam até o trevo da cidade, ainda existe gente boa nesse mundo, bom quando chegamos a oficina liguei para o Rodrigo em Pelotas e disse o que havia acontecido e pedimos a ele pra comprar uma relação de tornado que iríamos precisar pro outro dia... saímos de José Pedro Varela e seguimos a Trinta e Três, são 60 km. que foram vencidos rapidamente, começou a chover novamente e estava bem frio, ao chegar em Trinta e Três abastecemos e seguimos a Vergara, e um pouco antes de Vergara a estrada esta em obras por uns 25 km., e com chuva e sem sinalização na estrada e um movimento de caminhões e carros surpreendente, fomos indo, na entrada de Vergara paramos um pouco e a correia tinha cedido mais um pouco, apertamos e seguimos, quando vi uma placa indicando que estávamos a 54 km. de Rio Branco pensei que se arrebenta-se novamente essa correia ia ser brabo, frio, chuva, noite, sem sinalização na estrada, vamos lá, fomos indo e antes das 20 hs. chegamos na alfandega, fizemos o trâmite e seguimos a Jaguarão, já estava tudo fechado e o primeiro hotel que vimos nos jogamos pra dentro, enquanto eu ajeitava o hotel, o Alexandre viu uns caras carregando umas motos em uma camionete, em frente a uma auto peças de motos, e foi lá e conseguiu comprar uma relação, as motos estavam sendo carregadas para o motocros de domingo em Pelotas, e o dono da loja nos conseguir o número do telefone de um ex-funcionário para trocar a relação, fizemos contato e ficou agendado para o outro dia pela manha fazer o serviço, fomos para o hotel, tomamos um banho e fomos comer algo, comemos um Xis em jaguarão na praça da igreja em um cachorrão, voltamos e cedo estávamos dormindo, foi um dia corrido...

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